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Mostrando postagens de março, 2019

Inclusão - Uma Realidade que os números não mostram

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  O ser humano é um ser único com o seu conjunto biológico e seu contexto social. A diversidade humana é bastante rica e, ao mesmo tempo, pode ser complexa, principalmente, quando a característica da diferença que tratamos é uma deficiência. Por mais que evoluamos com tecnologias avançadas o olhar para uma pessoa "diferente” continua existindo. A diversidade humana com todo o seu diferencial é bem discutida no meio educacional nos dias atuais e, segundo Mantoan (2003) “ está sendo cada vez mais desvelada e destacada e é condição imprescindível para se entender como aprendemos e como compreendemos o mundo e a nós mesmos” . No entanto, a maioria das instituições brasileiras não está preparada para trabalhar com as diferenças de uma deficiência. Buscam apoio nas secretarias de educação que devido à falta de estrutura e de pessoal, na maioria das vezes, não conseguem suprir as necessidades de suas unidades escolares que lançam sobre os professores a responsabilidade de arcar com os al

Devasso Coletivo

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Andando em um coletivo no centro do Rio de Janeiro, fiquei a observar todas as pessoas que minha vista podia alcançar, as donas de casa estendendo roupas, as crianças correndo de um lado para o outro, trabalhadores na correria para o trabalho, os automóveis conversando em uma competição mútua pela chegada a um ponto qualquer, casas pedindo socorro pelo estado crítico que se encontram, ruas gritando chuva pelo ardor do sol em sua superfície, cachorros a míngua, passageiros dormindo e eu ali... assistindo a tudo isso.  Confesso que meu coração palpitava de satisfação pela vida que vivo. Entretanto, mesmo em plena movimentação meu instinto estava acordado. Fixei o olhar em uma mulher que o seu comportamento demonstrava algo diferente, fitei meu olhar sobre ela e percebi que seu corpo transparecia algo além do que os olhos podiam ver. Seu ego parecia manter um monólogo interior querendo entender o porquê que mesmo na turbulência de uma cidade grande e no calor que estava naquele

Primeiro Beijo

Fui com umas amigas me apresentar em um festival de músicas, éramos novas e belas. Estávamos em uma cidade diferente da nossa, tudo era novidade, eu deveria ter uns 15 anos... vixe tem tempo, mas boas lembranças não morrem tão facilmente. Eu me lembro de ter encontrado lá um rapaz que me paquerou aqui em minha cidade, trocamos olhares ingênuos, foi tudo tão mágico, tão gostoso que me lembro como se fosse ontem! Então, o apresentador chamou nosso nome e fomos para o palco. Uau! Quanto nervosismo! Porém, a galera nem nos deixava cantar de tanto que gritava " lindas ", nossa voz não era ouvida, foi abafada pelo público, o que acabou nos prejudicando, mas a emoção foi tão grande que nem nos importamos e ao sair dali fui surpreendida pelo rapaz que quis me acompanhar até a saída. Conversamos um pouco trocamos endereço (futuramente namoramos por um ano, aproximadamente). Mas, se preparem para o que vem a seguir. Gente! Se preparem para a cena! Era uma catedral e ao sa

Quero mudar o jeito dele (a), e agora?

O ímpeto de mudar as pessoas que dizemos que amamos parece se contrapor ao amor. Se amamos e somos amados, por que seria preciso qualquer mudança? Amar não é exatamente aceitar o Ser de uma maneira inteira, em seus altos e baixos? É incoerente o pensamento de querer a transformação do outro se eu me atraí por ele dessa maneira. Estava lendo um artigo onde a esposa falava justamente sobre isso, que gostaria que seu marido fosse mais reservado (assim que nem ela) e que não risse tão alto, mas que o admirava por isso e que se atraiu por ele ser assim no início do relacionamento. Confesso que fiquei na dúvida do que entender, mas acho que o que a esposa tem é ciúmes, pois enquanto ela é reservada e tímida, o marido se destaca. O pensamento de querer modificar nossos companheiros soa de maneira perturbadora porque, coletivamente, temos sido profundamente influenciados por uma concepção filosófica do amor romântico. Tal concepção diz que o principal indicador da presença d

Vivendo às sombras em um Relacionamento

"Formavam um casal até então simpático. Suas relações eram acaloradas, transavam intensamente. Ele morava em outra cidade, vinha de 15 em 15 dias e ela de contrapartida ia de 15 em 15 dias, não deixavam de se ver um fim de semana sequer. Um certo dia, sem avisar, ela foi até seu apartamento e o encontrou bêbado e drogado, não sabia que fazia isso. Então se revoltou e foi embora. No dia seguinte, ele todo sem jeito pediu desculpas e disse que havia tido uma recaída e que a amava e precisava dela para não ter mais aquelas atitudes. Ela acreditou e reataram.  A confiança não era mais a mesma, um certo dia ele demorou para chegar da rua e ela foi atrás dele, quando o encontrou estava em um bar bebendo, ali mesmo pelas redondezas do bairro. Então, ela pegou a garrafa de cerveja jogou no chão e os dois foram embora calados. Ao chegarem no apartamento, aquele homem já alterado pelo álcool pegou-lhe pelo pescoço e tentou asfixiá-la, só não conseguiu porque ela puxou seus cabelos com

Encontros e desencontros

"Eles se encontraram, conversaram e até discutiram na rua. Depois foram para um apartamento próximo onde pudessem ficar mais à vontade para continuar a prosa, mas o desejo de penetrar um ao outro era maior do que a pauta da discussão. Ela começou a beijá-lo no rosto, no meio da conversa, foi descendo, descendo, ele a conduziu até sua virilha, queria um beijo mais quente, mais caloroso do que aquela discussão. Quando deram por si estavam nus, ela de costas e ele por trás puxando seus cabelos... Numa sintonia quase única o clímax aconteceu, ela cavalgou e ele a amou, a amou muito... tanto que depois no dia seguinte eram dois estranhos e cada um seguiu o seu caminho". Penso que encontros e desencontros entre os casais acontecem muito atualmente. Casais que se desentendem fora da cama, mas que, no entanto, se amam ferozmente nela. Segundo Juliana Bonetti, psicóloga especializada em sexualidade, essa é uma situação bem delicada que necessita ser vista com cautela. Par

Vida a dois

"O que ele queria era somente ser feliz como todo mundo, mas não conseguia abrir mão de si para que isso acontecesse, toda vez que entrava em um relacionamento queria que a outra parte se adequasse a ele, no entanto ele não se sujeitava ao compromisso, fazendo o mesmo se tornar impossível". Hoje o individualismo toma conta das relações prejudicando e muito o casal, tirando a paz de cada um. Sabemos que quando entramos em um namoro ou afim temos o compromisso assumido de nos sujeitarmos ao outro, claro que cada um tem seu jeito, sua particularidade e seu tempo, o que não deve interferir no relacionamento, pelo contrário, deve ajudar a mantê-lo. Na minha opinião, o casal é constituído de cumplicidade mútua, o respeito está impregnado nesta cumplicidade. No entanto, essa cumplicidade deve ser espontânea, advinda do dia-a-dia, do convívio do casal. Não é impossível vermos um casal bem sucessido, mas é raro. Embutido na cumplicidade estão carinho, gentileza, confian

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