Luke - Meu Pitbull Iluminado

Olá amigos!

Há tempos não passo aqui, é realmente, me confinei depois que tive covid, além é claro de ter caído em uma terrível depressão. Talvez, tenha sido uma das sequelas, pois têm dois meses que estou medicada com antidepressivo pois exagerei na tristeza profunda a ponto de parar no hospital. Mas, chega de falar em coisa triste. Meus momentos ruins foram amenizados devidos a dosagens de amor por mais um membro da família. Quando eu estava no auge da depressão me deparei com uma situação que não tinha como correr dela. A nossa cadela, uma Pitbull linda de nome Pantera teve 3 filhotes no início do ano, sendo que dois beberam água no parto e morreram, restando somente um vivo. A ironia é que o que viveu foi o menor e na ultrassonografia a veterinária nos alertou que esse poderia não vingar porque era muito pequeno. Como meu filho mora fora, pediu que eu cuidasse dele até crescer para levá-lo depois. No entanto, no final de janeiro tive uma crise depressiva que me fez ficar muito mal. Na noite em que eu estava pior ouvi de minha cama latidos do filhote e rosnados da mãe, liguei dopada de calmante para o hospital e pedi que me ajudassem com meus cachorros, eles mandaram o SAMU e me levaram. 

Luke com 
5 dias de nascido.

Fiquei tomando soro para desintoxicação de tanto calmante que tomei, nem percebi que havia ligado para meu filho caçula ir para casa cuidar dos bichinhos (depois ele veio me falar que pediu a sogra para ficar comigo). De lá para cá, confesso que algo mudou em mim, são dois meses hoje. Ainda sinto uma certa tristeza, mas nada como na época. Luke, o filhote, ficou comigo. Ele e sua mãe estão dando um colorido aos meus dias. Tenho ainda meus gatos, mas nada como um filhote que foi usado para te despertar, para te dar uma nova chance, para te dizer que mesmo que não deem nada por você, há um Criador que te ama. 

Pantera, a mãe.

Ano passado foi um ano difícil para mim, este ano tem sido também, não só para mim como para a maioria das pessoas. Não só pela doença que o vírus produz, mas por todo o contexto gerado pela pandemia mundial, além de mortes, há o luto dos entes, há o medo, há insegurança, há solidão, há tristezas, há desemprego, há desespero, há fome, há estresse, há oportunismo, há desinteresse, há egoísmo, há uma série de fatos que desencadeiam ansiedade, depressão e geram outras doenças. Por outro lado, ainda existem aqueles que se solidarizam mesmo que a distância pelo bem-estar do outro, há empatia, há amor ao próximo, há intercessão, há o se dar um pouco ao outro, há gratidão e assim, há esperança. 

Hoje com meus bichinhos, em especial com meu Luke, e com Deus posso dizer que Venci mais um dia!

Beijinhos.