Volta por cima

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Volta por cima Casamento de meu primogênito. Quanto tempo?! Isso mesmo, mas ainda estou por aqui. Minha vida deu uma virada significativa desde que Deus se revelou para mim.  Depois que recuperei da tentativa contra vida, voltei a sonhar. Ainda tenho sequelas como a visão embaçada, no entanto isso não me atrapalha no dia-a-dia. Estou firme nos propósitos que formulei para estar sempre na vontade de Deus. Consegui vencer a depressão, trabalho com dedicação no trato com meus alunos, tenho comunhão na igreja com as pessoas e com Deus, entrei na autoescola e tirei minha CNH. Estou dirigindo!!!!! Hoje, quase 3 anos depois do fundo do poço, estou vivendo o melhor de Deus. Nunca imaginei viver essa sensação tendo vivido deprimida por anos. Quando Deus tomou o controle de minha vida, realmente, tudo mudou. Ele governa tudo. O Espírito Santo que habita em mim tem me capacitando a ser um Ser Humano melhor. Meus filhos se formaram grandes homens! Meus pais estão idosos e necessitando de minha pre

Heteronomia- O jeito de criar pessoas sem identidade.




Em tempos de coronavírus, vim falar de outro assunto. Afinal, estamos num período de isolamento (as escolas também pararam e por isso, devo ficar, pela consciência , confinada em meu lar) e nossa vida não parou, só está sendo monitorada até a poeira baixar e o virus e suas consequências, darem uma trégua pra gente. Questão de prevenção e conscientização!



Euzinha pequenininha!!!
Mas, voltando ao que vou discutir com aqueles que se propuserem a isso, é que, de acordo com Piaget, quando um ser humano nasce, ele não apresenta um desenvolvimento cerebral suficiente para entender os conceitos de “bom” e “mau”, ele não apresenta uma consciência moral; essa fase do desenvolvimento humano é denominada “anomia”. A criança possui atitudes de acordo com suas necessidades, desconsiderando se o que ela faz atinge os outros, a não ser quando tem a pretensão de algo específico. À medida que vai crescendo, ela vai adquirindo consciência acerca do valor moral do que faz, e nisso todas as figuras de autoridade -pais, familiares e professores- são os responsáveis por introduzir esses valores. A criança, dessa maneira, age conforme o que essas pessoas aprovam ou desaprovam, – isso é denominado heteronomia.  Com o passar do tempo, a criança completa o processo de desenvolvimento de seu cérebro, surge, então, uma nova fase do desenvolvimento em termos éticos e morais - a autonomia. A criança aprende a agir baseada no que sua própria consciência fala, começa a evoluir em sua natureza humana criando sua identidade.




Como criação humana, o homem cria, sendo que sua primeira criação é a si mesmo- o seu EU-, no entanto, essa evidência vem sendo ocultada fazendo com que esse indivíduo viva sua vida alienado sem o conhecimento desse poder criador em si mesmo. O que vem refletir no campo educacional onde encontramos uma noção equivocada de que o processo educativo pode ser inteiramente explicado e que seus resultados já são previstos e concretizados no recurso sistemático aos métodos.  Assim, com a falta da autonomia social e individual, temos uma alienação individual e coletiva. A educação fica reduzida ao espaço de uma aplicação qualquer de teorias e de procedimentos pensados que por não serem colocados em pauta, resultam na resistência ao controle: de um lado os “culpados”, o aluno – que é revoltado, rebelde, que é “indisciplinado” e “incapaz” e do outro, o professor – que é “incompetente” e que “falha” em sua tarefa.



O importante ao Homem é construir sua identidade de maneira produtiva e empática. Mas, para isso sua criação deve ser monitorada por aqueles que o rodeiam, afinal seu desenvolvimento como pessoa depende disso.






Comentários

  1. Fernando Pessoa, exemplo disso... Não conseguia aceitar o que vivia e escreveu usando outros nomes...

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    1. Bem lembrado, Pink!

      Fernando Pessoa tinha várias identidades.

      Beijinhos.

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  2. Que bom te ver! Estavas sumida! Gostei do tema e do texto! beijos, chica

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    1. Sumi, flor, pelo trabalho escolar. Afinal são duas escolas que requerem muito de mim.

      Obrigada por vir.

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  3. Seja bem vinda de novo!
    Gostei do texto e paço das palavras da Pink as minhas!
    -
    Nesta senda feita de curvas e rectas
    -
    Beijos...Boa noite! :)

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  4. Não somos o Menino Selvagem de Truffaut, o Robinson Crusoe.
    E temos que saber viver com o outro, partilhar.
    Bjs

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    1. Sim, meu querido, partilhar nossos eus e criar uma nova identidade no pequeno ser que está em nosso alcance.

      Beijinhos.

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  5. Texto muito interessante, Cléo.
    Gostei de ler.
    Um carinhoso abraço de
    Verena.

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  6. Um texto muito interessante com assuntos para reflexão.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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