Sou professora de alguns alunos
de um bairro periférico
da cidade onde moro e esses dias atrás,
fomos dar um passeio de trenzinho, uma tradição
da festa da padroeira da cidade, que dura dez dias. A diretora da escola
permitiu que algumas mães
fossem com a gente, o trenzinho saiu do bairro e deu uma volta pelo centro
tocando várias
músicas desde infantis até funks tranquilinhos (estes são os prediletos deles).
Mas, o
que mais me chamou a atenção
durante o passeio foi o comportamento de uma senhora, de aproximadamente uns 80
anos que nos acompanhou. Ela esta estava tão
eufórica,
eu diria até
mais do que as próprias
crianças.
Mexia com todos na rua, gritava, dava tchau, cantava, mandava beijinhos para os
homens e, gente! Ela mexeu com um “coroa” lindo e sério que a encarou tão friamente que me deu medo!
Confesso que na hora pensei que ele fosse falar algo para ela (porque o
trenzinho andava devagar e parava), no entanto, ele só olhou bravo mesmo, ele a fulminou
com o olhar! E ela? Nem ligou... continuou com sua alegria, não deixou se abater com aquele mal-humorado
e lindo homem. Eu, com certeza, no lugar dela ficaria morrendo de vergonha e o
passeio acabaria pra mim. Essa senhora me colocou para pensar naquele momento.
Sua alegria me contagiou.
Nada nem ninguém podia tirar sua satisfação de usufruir daquele passeio,
comecei a imaginar a vida que ela passava fora dali. Era uma senhora bem
simples, humilde e que já
viveu anos e fiquei imaginando sua trajetória,
sua luta, suas dificuldades seus “anos”. E por que não aproveitar aquele momento que é raro? Com companhias tão inocentes como as crianças em um trenzinho que nos remete
à infância nos tirando as
responsabilidades de adultos por alguns instantes?
Enxerguei naquela hora que
tudo é
tão passageiro, tanto as
dificuldades quanto as alegrias! Então,
para quê
me preocupar com as “caras feias”?
A vida é curta demais para isso! A inocência da infância ainda está em nós em algum lugar, é só
explorarmos!
As crianças, por sua vez, com suas purezas,
nem notaram nada, só
se divertiram, riram e amaram o momento, se encantando com as músicas, com os colegas e comigo
que ri com eles sem perceberem a maldade que existe na mente alheia.
Um viva a inocência infantil!
Beijinhos.
Um viva à inocência em todas as idades.
ResponderExcluirBeijos, querida!
Isso mesmo, Céu. Vê se aparece, sinto sua falta.
ExcluirBeijinhos.
Perder essa inocência, essa capacidade de ser feliz com pouco é que é uma tragédia.
ResponderExcluirBjs, boa semana
Verdade, meu amigo Pedro, quantos cometem essa tragédia!
ExcluirBeijinhos.
E Viva mesmo Cléo.
ResponderExcluirAguardo você no
Espelhando.
Bjins
CatiahoAlc.
Obrigada por vir.
ExcluirBeijinhos.
Cara feia pode ser FOME,rs...Mau humor faz mal! Que boa a alegria infantil...bjs, chica
ResponderExcluirCom certeza, Chica... :)
ExcluirFantástico texto. Aplausos para si!
ResponderExcluirPrometi, que te esperava até ao alvorecer [Poetizando e Encantando]
Beijos e uma excelente semana
Continuo por aqui e por ali! :)
Eba... Obrigada, flor!
ExcluirBeijinhos.
Isso aí, volte sempre que também vou.
De idade avançada,
ResponderExcluiruma senhora sem maldade
para as pessoas acenava
numa viagem de felicidade
num trenzinho que circulava
pelas ruas de uma cidade!
Gostei amiga Cléo Gomes, tenha uma boa Segunda-feira. Beijinho.
Delícia de poema, Edu!
ExcluirBeijinhos, amigo!
Excelente narrativa.
ResponderExcluirÉ realmente importante nunca perdermos a criança que há em nós.
Beijinhos
Maria
Sim, Maria! Ela está aqui dentro em algum lugar!
ExcluirBeijinhos.
Também ensino e transportam me para o mundo deles. Dou por mim a usar as expressões deles, a sentir aqueles amores na pele com os desabafos deles. Enquanto as pernas conseguirem fugir depois de tocar a uma campainha, tamo junta 🧡🧡🧡😘
ResponderExcluirIsso mesmo, Pink, a gente corre também....
Excluir;)
gostei do passeio no mundo encantado da infância :)
ResponderExcluirpromessas leva-as o vento, mas novas promessas saem da alegria das crianças:) obrigada pela visita, abraço
Angela
Saem ao vento...
ExcluirObrigada!!
Beijinhos...
As crianças são um Mundo....Com as suas histórias e a sua alegria. Essa senhora deve ter muitas histórias para contar e quem sabe, algumas dolorosas, mas viveu intensamente o momento.
ResponderExcluirGostei muito.
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Viveu sim, muitas histórias.
ExcluirBeijinhos, Martha.
Aquela velha senhora
ResponderExcluirÉ, pois, que sabe viver!
Tem-se que achar prazer
Na circunstância e na hora!
Ora, se o momento é ora,
Ora, pois, vamos fazer
Com que a vida do ser
Deva ser do ser agora!
Se tudo é relativo
Vamos achar um motivo
A relativizar o bem
Não o mal por lenitivo.
Enquanto o ser está vivo
Viva o ser em ser alguém!
Grande abraço! Laerte.
Laerte, você é magnífico!
ExcluirUm soneto sobre aquela sábia senhora, bravo!!!
Adorei!
Beijinhos, amigo.
Ainda bem que há muito tempo a chamada terceira idade deixou de ser sinónimo de velhice
ResponderExcluirBeijinhos e bom fim-de-semana
Verdade, amigo. Sem falar que a velhece é um estado de espírito.
ExcluirBeijinhos e não some...
Agradeço a agradável e bem humorada narração do seu passeio, porque até eu me diverti.
ResponderExcluirUma idade venerável com direito a algumas travessuras.
Claro que as crianças a animaram, sem qualquer censura... Sorrssss...
Muitas alegrias e sucessos com a sua turminha.
Ótimo fim de semana.
Beijinhos.
~~~~~
OLha, Majo, aqui na blogosfera parecemos robôs, mas sabemos no fundo que não somos...obrigada pelo carinho.
ExcluirVocê é sempre bem-vinda!
Beijinhos e bom fim de semana.