Covid-19, o inimigo invisível que vence pela ignorância

 

Não se sabe, com certeza, como se transmite o covid-19 ou, o também chamado, Sars-Cov-2.  Mas entende-se que o isolamento e o distanciamento são as melhores maneiras para não o contrair ou transmiti-lo. 

O vírus pode ser assintomático, no entanto também pode levar a óbito. Neste fim de semana dois irmãos (ele 46, ela 61 anos) conhecidos meus, vieram a falecer, aqui em minha cidade, vítimas do Covid-19. 

O rapaz não apresentava, segundo os médicos, comorbidades, já sua irmã sim.  Um fato que marcou nosso pequeno município, uma vez que eram queridos.

Mas, vou dizer para vocês que apesar do distanciamento, das precauções, máscara e álcool gel, eu também fui infectada. Faz três semanas, hoje, que tive contato com uma pessoa que estava doente e não sabia (só sentamos perto por alguns minutos). Pois bem, 3 dias depois começaram os sintomas em mim, garganta irritada, nariz entupido, dor nos olhos, falta de apetite, de paladar, de olfato, dor quase insuportável na cabeça e nas costas. Como não passava, depois de uma semana, resolvi procurar o pronto socorro, pensei que fosse uma crise forte de sinusite, porque não tive febre. Ao chegar lá me colocaram no isolamento, porque falta de paladar e olfato são sintomas de covid-19, fiquei meio assustada, mas entendi. A médica, toda educada, disse que todos os sintomas eram de covid e me orientou a ficar na quarentena, depois de me receitar dois antibióticos, soro para beber e o fisiológico para o nariz, além do analgésico. Lembro que estava muito cansada, não tinha força para sair da cama, fiquei SOZINHA mesmo. Meus pais moram perto mais são idosos, meus irmãos têm filhos pequenos, então ninguém me assistiu no início. Fiquei sem me alimentar por uns 4 dias, só deitada e sonolenta. No quinto dia levantei e fui ao portão pedi para minha mãe fazer um mingau de sal com ovo para eu me alimentar, porque senão a doença iria avançar mais. Ela fez e colocou na janela, eu peguei e comi aquele mingau em 4 refeições. Com isso, comecei a ter forças, mas apareceu a diarreia e a falta de ar, além das demais dores. Nossa, foi torturante! Pensei que fosse morrer sozinha em minha casa, em minha cama, sem poder ver ninguém. A agonia era grande. Depois de uma semana meu filho veio ficar comigo e me auxiliou dali por diante. Hoje, três semanas depois, refiz o exame e ainda estou doente, a falta de paladar e olfato ainda persistem, por vezes, uma leve falta de ar, irritabilidade na garganta, dor de cabeça. No entanto, acredito que o pior já passou. Estou retornando à rotina de escrever, ler, cozinhar e limpar a casa, algo que não conseguia nesse período.

As pessoas estão voltando à vida como se tudo fosse como antes, mas ainda não acabou! Eu estou vivenciando isso. Quando pedi para fazerem novamente o teste foi pensando nos outros, nas vidas que podem não conseguir vencer esse vírus se eu transmitir para elas.

O cantor Cauan (que faz dupla com Cleber), também foi vítima do coronavírus.  Numa entrevista para o Fantástico, o cantor disse ter sido irresponsável com as medidas preventivas quanto ao vírus, e isso o fez pagar caro: ficou internado à beira da morte! O músico ainda fez um apelo aos telespectadores dizendo para estes darem ao covid-19 a importância que ele merece. Disse mais: “Meus pais estavam isolados já há cinco meses e, Dia dos Pais, eu estive com eles. E você exagera ali na emoção. Eu acredito que a gente tenha excedido um pouco. Num vacilo, eu transmiti pro meu pai. Minha mãe foi contaminada a posteriori, porque meu pai passou para ela”.

Cauan contou ainda que teve surtos fortes no hospital: “Naquele momento ali, eu preferia morrer do que sentir o que eu tava sentindo. Não sei explicar o que eu senti. Uma crise de pânico, sei lá, junto com falta de ar, talvez”. Felizmente, o cantor já está sob cuidados em casa.

O coronavírus não é um conto de fadas, ele existe! Esse isolamento não é mero capricho, ele precisa acontecer, o uso da máscara não é acessório que posso deixar de usar, no momento deve ser usado sim! A vida está em risco, a minha e a sua!

Maria Tereza Santos, do jornal online Veja Saúde, descreve como deve acontecer o isolamento domiciliar:

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1. Um familiar deve ser escolhido para cuidar do enfermo — dando preferência a alguém com saudável e sem doenças crônicas.
2. Deve haver, diariamente, higienização das superfícies do quarto e do banheiro. Usando primeiro um sabão ou detergente e após um desinfetante comum com hipoclorito de sódio a 0,1%.
3. Os moradores da casa, em especial o cuidador e o doente, necessitam limpar as mãos com frequência, preferindo secá-las com papel toalha. Caso espirre ou tussa, aconselha-se a higienizá-las novamente ou o uso de álcool gel.
4. Estando próximo ao doente, esse cuidador deve utilizar uma máscara descartável e trocá-la caso fique úmida, não tocando nela em hipótese alguma enquanto estiver próximo ao paciente.
5. O lixo deve ser recolhido com uso de luvas de proteção, assim como as roupas, toalhas, lençóis e cobertores. Estes devem ser lavados com sabão comum e água, entre 60 e 90ºC.

Lembre-se: O inimigo é invisível, mas se todos fizerem sua parte, venceremos ele.

 

Fonte:

https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus-como-fazer-o-isolamento-domiciliar/